ABERTURA

SEJA BEM VINDO(A)!


Agradecemos sua visita. Esperamos que você se identifique com a proposta do blog Sensocracia. Objetivamos promover um movimento de pessoas que acreditam que as coisas podem ser diferentes, que a realidade pode e deve ser transformada para melhor.


O termo sensocracia é um neologismo, uma palavra nova para definir uma nova proposta. Significa poder que emana do senso (juizo, razão, fazer a coisa certa), seguindo a terminologia grega, para a qual a autocracia constitui o poder que emana de uma pessoa e a democracia significa poder que emana da maioria. Nessa perspectiva, sensocacia pode ser entendida como submissão de todas as decisões ao crivo da sensatez. Quer dizer: somente é digno de ser realizado ou admissível de se configurar na realidade o que estiver em conformidade com o bom senso. Caso contrário, precisa ser trabalhado de forma a, gradativamente, se estabelecer nessa conformidade. Em outras palavras, significa submeter a vida e a sociedade ao que pode-se chamar metaforicamente de "império de sensatez".


Nossa proposta é contribuir para que tudo aquilo que é realizado na sociedade se paute no bom senso. Objetivamos contribuir para a construção gradativa das condições para que a sensocracia se estabeleça e gradualmente sejam transformados todos os absurdos que se fazem presentes na realidade em que vivemos.


Todos os temas que fazem parte da realidade podem ser objeto de análise por essa perspectiva sensocrática. Neste espaço serão levantados diversas questões polêmicas, as quais consideramos que não tiveram ainda uma solução sensata.


Convidamos você a integrar o Movimento Sensocracia, da forma que considerar mais apropriada. Expressando suas opiniões, disponibilizando-se para contribuir em ações em andamento ou apresentando propostas de soluções, seja qual for o ponto identificado para ser melhorado.


Sugerimos que você leia as páginas especificadas na coluna à direita, iniciando com a denominada "Metodologia sensocrática", na qual são apresentadas as "ferramentas de trabalho" utilizadas por quem se dispõe a atuar na perspectiva sensocrática. Nas demais páginas são apresentadas soluções que já estão em andamento, pautadas na concepção sensocrática.


Sigamos juntos, irmanados pelo ideal de construir um mundo melhor!


Abraço fraterno.


Equipe Sensocracia.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

MÍDIA X REALIDADE

          Segue texto reflexivo apresentado no sexto período de Direito da UNOESC Chapecó, como atividade do projeto Ler e Escrever na Universidade. Para pensar seriamente! 

Manipulação midiática e opiniões de-formadas*
A mídia se configura como grande responsável pela distribuição de informações em nossa sociedade. É através dela que ficamos sabendo o que ocorre em nosso país, como anda nosso governo, dentre outras informações relevantes - e outras nem tanto - que acompanhamos com atenção todos os dias.
Os meios de comunicação social, enquanto fonte de informação, são muito úteis para nossa sociedade, porém a partir do momento em que eles passam a ser manipulados para formular nossas opiniões, da forma que convenha a uma pequena camada poderosa de nossa nação, o problema toma proporções imensuráveis. E infelizmente, é isso que vem acontecendo diariamente.
Através de estratégias silenciosas, a mídia, na maioria das vezes, unidireciona a informação, de maneira que grande parte de nosso povo veja o mundo através de suas lentes e forme imediatamente um opinião “própria”, massificada, baseada no que vê, sem nenhum outro viés de julgamento. Assim, de forma alienada, passam a viver, sentir e opinar o que absorveram através imprensa.
Abusando da tática da distração, a mídia desvia a atenção do público de problemas significantes e das decisões da elite política e econômica. Criar problemas, para depois oferecer soluções, é outra estratégia muito usada, além da utilização do aspecto emocional, abrindo portas de acesso ao inconsciente e implantando idéias, medos e indução de comportamentos, abatendo de imediato a possibilidade de reflexão, através do apelo emocional exacerbado.
Para que todas essas estratégias funcionem perfeitamente, manter o povo na ignorância e mediocridade é muito importante. E é com o foco nesse objetivo que, muitas vezes, as emissoras de televisão, por exemplo, deixam de investir em programas educativos e de exibi-los em horário nobre. Pois um povo sem cultura e educação não sabe discernir o que absorve da mídia do que acontece na realidade.
A mídia é considerada nos dias atuais como o Quarto Poder, ou seja, o quarto maior segmento econômico do mundo, um essencial instrumento de controle social, contribuindo para o processo de massificação e homogeneização de estilo de vida e opiniões. Diante disso, surgem indagações. Onde está o sujeito com sua subjetividade? Onde está a heterogeneidade de opiniões que é tão importante para a não acomodação do cidadão, que deve exigir seus direitos, agir de forma mais política, sentindo-se parte de um país democrático, em que a voz deveria emanar do povo?
A realidade em que vivemos, onde a mídia constitui um novo personagem dentro de nossos lares, é que esse personagem é o que molda nossas opiniões, acaba escondendo uma série de questionamentos que nós, estudantes de Direito [e todas as pessoas conscientes dessa realidade], não deveríamos ficar inertes e deixarmos debater.
É preciso que nós, futuros operadores do Direito, ajudemos a sociedade a se desencilhar dessas amarras. Mas para que isso ocorra, as atitudes devem partir de nós mesmos, de maneira que deixemos de ser “marionetes” do sistema midiático, para sermos cidadãos políticos, ativos e críticos.
A maneira como a mídia trata a informação e fabrica “verdades” é uma problemática muito preocupante, ainda mais se considerarmos que é difícil sabermos exatamente o que é real do que é manipulação nas informações que recebemos. Mas é uma problemática que aos poucos, ao menos parcialmente, pode ser sanada. Para isso devemos receber essas informações fornecidas pela imprensa e filtrá-las, de maneira a refletirmos sobre cada notícia recebida. Além disso, devemos desenvolver a capacidade de resistir às imposições da mídia, e indagar nosso subconsciente: se é mesmo esse modelo de ser-humano que devemos ser, se são esses padrões de beleza e comportamento que devemos seguir para nossa vida e se estamos exercendo nosso papel de cidadãos.  Por fim, não devemos nos prender ao que diz um único meio de informação, devemos ser curiosos, antenados e reflexivos, para só então produzirmos as nossas verdades e a nossa verdadeira opinião.
*Vanessa Lopes da Luz, Acadêmica de Direito - UNOESC Chapecó


REFERÊNCIAS

SILVA, Ellen Fernanda Gomes da. O impacto e a influência da mídia sobre a produção da subjetividade. Pernambuco: Abrapso, 2006. Disponível em: http://www.abrapso.org.br/Acesso em 13 maio 2011.
MAZZOCO, Heitor. A manipulação da mídia deve acabar! Pernambuco: Hgmazzoco, 2009. Disponível em <http://hgmazzoco.wordpress.com/2009/11/17/a-manipulacao-da-midia-vai-acabar >. Acesso em: 13 maio 2011.

PROMOÇÃO DA EXECUÇÃO PENAL RESSOCIALIZADORA

Segue vídeo que demonstra a metodologia de trabalho detinado a promoção da execução penal ressocializadora.

Inicia-se com a fala da Professora Maura da Silva Lietzkie, estudiosa do Direito que atuou como Defensora Pública nomeada em uma comarca do Estado do Rio Grande do Sul, onde teve a oportunidade de vivenciar o dia-a-dia da execução penal, sendo uma de suas atribuições na época o atendimento aos presos no presídio da comarca.

Especializou-se em Ciências Criminais e passou a atuar como professora de Direito Penal, Processo Penal e Execução Penal e também como Coordenadora Adjunta do Curso de Direito da UNOESC Chapecó, onde realiza, em conjunto com os demais integrantes do Movimento Sensocracia, a prática que denomina como promoção da execução penal ressocializadora.

Na seqüência pronuncia-se o Prof. Fernando Fantoni Bencke, Coordenador Geral de Graduação da UNOESC Chapecó, apoiador do trabalho.

Em sequida a fala de André Luiz Alves, Acadêmico de Direito da UNOESC Chapecó que, sob a coordenação da Prof. Maura e com o apoio da Prof. Micheli Taís Dumke e orientação do Prof. Rodrigo da Costa Vasconcellos, realizou no Presídio Regional de Xanxerê a pesquisa "A pena como conseqüência pedagógica", dentro dos parâmetros do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da UNOESC Chapecó, com recursos financiados pelos dispositivos previstos no Art. 170 da Constituição do Estado de Santa Catarina.

Em seguida, o Gerente do Presídio Regional de Xanxerê, Roque Arlindo Fiorini, fala a respeito do trabalho orientado por essa pesquisa e de sua contribuição para o preparo das pessoas presas serem encaminhadas para o mercado de trabalho - fator que ele considera fundamental para a ressocialização e que se empenha para efetivar no estabelecimento.

Ao final, uma reeducanda expressa seus sentimentos em relação ao que experienciou na instituição reeducadora.  

 


quinta-feira, 2 de junho de 2011

PRODUÇÕES CULTURAIS E RESPONSABILIDADE SOCIAL

          Segue análise do filme “Cazuza” por uma Psicóloga Clínica. Um ponto de vista que precisa ser refletido.

          'Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora... As pessoas estão cultivando ídolos errados..
Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza?

 
          Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.
          Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado.            
          No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada
, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.
          São esses pais que devemos ter como exemplo?
           Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora..
          Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.           Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso .
Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.
          Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz , principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.
          Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom
para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?
          Como ensina o comercial da Fiat,
precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.
          Devo lembrar aos pais que
a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário?
          Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor .
          Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar.. Não se preocupem em ser 'amigo' de seus filhos .                

          Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi à pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.'

                     Karla Christine
                   Psicóloga Clínica